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(Photo by Leonardo Yip)
“Tu não és o centro do Universo”, “Deixa de levar as coisas tão a peito”, “Tens de deixar essa mania de perseguição”, etc.
Estas são algumas das expressões que geralmente alguém que se julga o centro do Universo (mesmo sem ter consciência disso) ouve com alguma regularidade.
Pessoalmente, já fui assim! Portanto já ouvi estas frases da boca de muita gente no passado. No início ficava chocada, magoada e achava que ninguém gostava de mim. Mas felizmente, a maturidade ajudou-me a perceber que não é bem assim que as coisas acontecem.
O Ser Humano, desde que nasce, sente a necessidade de marcar o seu posicionamento e a sua presença neste planeta. E isto é feito através da interacção que ele tem com as pessoas, ao longo da sua vida.
Quando somos bebés e ainda não temos total noção do mundo à nossa volta, julgamos que nós somos o Centro do Universo e que as pessoas ao nosso redor estão ali para nos servir, de algum modo (a mãe para cuidar, dar de mamar, o pai para brincar, o irmão para fazer companhia, etc etc).
À medida que vamos crescendo, tentamos manter esta sensação de que somos o centro do Universo e isso é muito notório em crianças pequenas, até mais ou menos 8 anos que usam muito expressões como: “isso é meu”, “não podes fazer isso porque não quero”, “nunca fazes o que eu quero”, etc.
Esta é uma habilidade maravilhosa: a de termos a capacidade de expressar genuinamente o que sentimos, sem medo de represálias. Entretanto, isto passa a ser negativo quando nos impede de crescer, amadurecer e entender algo que uma criança de 5 ou 8 anos nunca poderia entender: o facto de as coisas nem sempre poderem ser como queremos e/ou desejamos, pois não vivemos isolados e cada pessoa é um universo de vontades, conflitos e potencial.
Com a maturidade compreendemos que muitas vezes, não termos o que queremos pode ser um enorme “golpe de sorte”.
Entretanto, alguns de nós, por vários motivos desde incapacidade de amadurecer emocionalmente, traumas de infância, baixa auto-estima, bloqueios a nível emocional ou simplesmente imaturidade continuam com a mesma percepção e o mesmo comportamento que aquela criança de 5 ou 8 anos tem em relação à vida e ao que lhe rodeia.
Ou seja, alguns desenvolvem o complexo de Narciso (dai este tipo de pessoas serem chamadas de Pessoas Narcisistas) e continuam com a ideia de que são o Centro do Universo e que todos os que os rodeiam estão à mercê das suas vontades.
Ou pelo contrario, desenvolvem uma ideia ainda mais angustiante e aflitiva: a ideia de que tudo o que as pessoas a sua volta fazem (principalmente de mau e negativo), é dirigido a Si!
Se por exemplo este tipo de pessoa vai a um local e encontra um grupo de pessoas a cochichar, a tendência é logo pensar que estão a falar mal de si. Ou se alguém que não está nos seus dias, lhe responde mal, esta pessoa pensa logo “pronto, mais um/@ que não gosta de mim”.
Expressões como: “Ninguém gosta de mim”, “As pessoas passam a vida a falar mal de mim”, “Não me sinto bem vind@ em nenhum sítio”, “Ninguém me respeita”, etc são típicas deste tipo de pessoa que acha o universo gira à volta do seu umbigo e acha que tudo o que os outros fazem, fazem a pensar nela e/ou por causa dela.
Este tipo de pessoa raramente desenvolve capacidade para reflectir e pensar que os outros agem como agem simplesmente porque isso tem mais a ver com eles e tem mais a ver com a forma como se sentem consigo mesm@s, do que necessariamente porque não gostam dela ou porque estão a falar mal dela, etc.
Isto tanto pode ter a ver com um senso próprio muito exacerbado e um Ego inflamado que muitas vezes escondem a grande sensação de inadequação, de falta de auto-aceitação e de baixa auto-estima que geralmente estas pessoas sentem em relação a si mesmas e ao mundo que as rodeia.
Este tipo de pessoa geralmente, por causa do tipo de comportamento que desenvolve, torna-se “persona non grata” e todos passam a fugir dela, pois ninguém aguenta por muito tempo uma pessoa que tem a mania da perseguição e que acha que tudo o que acontece ao seu redor tem a ver com ela.
E geralmente as interacções e relacionamento com este tipo de pessoa costumam ser extremamente tóxicos e prejudiciais, daí ninguém ter vontade de estar perto delas.
Tudo isto pode ser revertido e curado, excepto em casos comprovados de psicose profunda que implicam outro tipo de tratamento mais especializado.
Contudo, reverter isto requer primeiro que este tipo de pessoa ganhe consciência sobre si mesma e sobre o seu comportamento e acima de tudo, requer muita vontade de mudar e de tentar reverter os seus padrões emocionais, rumo à uma vida mais saudável. A verdadeira mudança começa quando surge dentro de cada um de nós a consciência e a vontade de mudar. Ninguém poderá mudar em nós aquilo que é apenas nossa responsabilidade mudar.
Podemos sim ter ajuda, fazer terapia, mas vale lembrar que nenhuma ajuda será de grande valia enquanto não formos primeiramente nós a querer mudar e a querer ser ajudados.
E você? Já teve de lidar com alguém assim? Conte-nos a sua experiência.
Sejam Felizes! Namastê 🙂
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