Sob o olhar do ser amado e com o peito aberto somos vulneráveis, reais e egoístas, verdadeiros tiranos implorando por mais amor, suplicando por mais atenção e exigindo colaboração.
Todo o amor que dedicamos a alguém tem estas características em doses diferentes. Uns mais vulneráveis que outros e uns mais tiranos que outros. Esta é a forma de estar do amor imperfeito, mas não se enganem; todo amor é imperfeito, por isso ele é perfeito no seu tempo.
A nossa cabeça só pode levantar e erguer o seu olhar para além do horizonte, quando começarmos a fazer um esforço maior em direcção aos que mais amamos. Dizer como esses seres sao especiais, sacudir o cansaço para mais uma jornada de brincadeiras, fazer um carinho mesmo magoado e aceitar as escolhas dos outros mesmo contrariado.
Para os outros, somos dóceis, amáveis e prestativos. Somos assim para além da fronteira do nosso lar, temos cuidados com as palavras, perdoamos as pequenas falhas e fazemos demonstrações de compreensão e até de caridade, mas não temos força para fazer o mesmo com quem amamos.
Somos verdadeiros ditadores, inflexíveis e egocêntricos. O esforço extra não deve ser para os outros, mas sim para quem amamos.
Não estou a dizer para sermos severos com os outros, mas para termos mais resistência a nossa intolerância diante das falhas e opiniões de quem amamos.
Somos reais mesmo fingindo ser diferentes, somos reais porque somos vulneráveis e egoístas com eles.
“Perdoa-me e aceita-me todas vezes que te fiz e faço sofrer, com intenção e sem intenção, mas leva no teu peito uma certeza que é nesses momentos que mais preciso do teu amor” ❤
Guiz
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