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Os Filtros da Mente

By Tina Mucavele • 2 Julho, 2017 • Auto-Conhecimento, Tina Mucavele
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(Foto: unsplash.com)

Certo dia, eu e o meu filho mais velho, que na altura tinha seis anos, chegamos a casa vindos do trabalho e escola. Lancei o apelo para que ele fosse tomar um banho, jantar e dormir cedo.

Essa rotina existe em nossa família desde que ele se conhece como pessoa, e mesmo assim cabe-lhe demonstrar resistência.

Naquele dia, ele decidiu perguntar-me:

– Mas mãe, por que é que eu devo tomar banho?

– Porque passaste o dia inteiro na escola; sentaste-te na sala de aulas, que, as vezes, tem poeira; correste e brincaste no pátio com todo aquela areal e poeira; de certeza que transpiraste também.

Eu respondia muito convicta da minha explicação. E dramatizei.

– Usaste as casas de banho, trocaste coisas com os teus colegas e é bem provável que tenham trocado bactérias.

Pensativo, resmungou. Deu alguns passos até ao chuveiro.

Pela manhã, no dia seguinte, acordei-lhe e disse que deveria ser rápido ao banho para sairmos de casa cedo, e evitar ficar retidos no trafico.

Quem é encarregado de educação, conhece essa lengalenga matinal.

Depois de suplicar por mais uns segundos de sono, arrastou-se até a casa de banho e, como se continuasse a conversa do dia anterior, pergunta-me, irónico:

– Ah, mãe, tem bactérias na minha cama, né?

– Porque perguntas isto? – Inocente, eu perguntei.

– Se tu disseste isso ontem! Agora, eu vou tomar banho, porque transpirei muito e tem bactérias na minha cama, não é?

Depois do gelo mental, zelosa expliquei que era sempre bom tomar um banho para ele despertar e sentir se fresco.

Ele respondeu que não tinha intenção de viajar à escola acordado, preferia mesmo continuar a dormir no carro.

Tu que és pai/mãe ou cuidador de crianças conheces estes diálogos com as crianças desta geração.

Este é um dos exemplos mais comuns, banais e explícitos de como determinadas regras são impostas e nós os adultos vivemos a vida sem questiona-las.

Há, no acervo do subconsciente uma lista de crenças ou convicções que regem a nossa vida, que se tornam os filtros por onde os pensamentos passam e manifestam-se como palavras e actos.

As convicções são resultado de pensamentos que associados a emoções, nos fazem acreditar que o nosso mundo é azul ou cor-de-rosa. E, se alguém chama de branco e vermelho, isso gera em nós um transtorno.

Muitas destas crenças são julgamentos que carregamos connosco que alimentam as nossas regras de viver e conviver, em todas as esferas da nossa individualidade.

Eu sei que há filtros que me servem como regras de orientação diária.

A hora que acordo e o que faço a seguir é o mesmo de segunda à sexta. O dever de ser pontual, ou renegociar a hora do encontro é outra regra. Cumprimentar as pessoas quando entro numa sala ou elevador, o servente ou guarda é outra, entre várias.

São regras que eu adoptei mas que podem gerar conflito quando a outra pessoa não se conforma com elas.

Temos convicções relativas a espiritualidade, por exemplo. Alguns de nós aprendeu e acredita que há um Deus; outros, que há vários deuses. Há também quem não acredita em nada.

Socialmente, há crenças relativas a tonalidade da pele, a etnicidade, status económico, origem, género, e por aí em diante.

Quem é mestiço assume-me diferente na sua essência de quem é negro, e quem é se denomina branco, vê-se superior a todos os outros de pele mais escura.

Quem nasceu no bairro da Polana julga-se mais importante e superior que quem nasceu e cresceu no Chamanculo.

Quem come à mesa com o garfo e a faca desdenha quem usa as mãos e partilha do mesmo prato.

Quem não sabe nadar, correr, dançar ou cantar não é “suficientemente cool”; quem pesa mais e menos que quem pesa menos.

Quem nunca casou até aos quarenta anos e não tem filhos pode sentir-se inadequada, e quem é casada assumir-se superior ou melhor.

Como disse anteriormente, as convicções têm uma relação directa com as emoções.

Dai que, quem se julga na categoria dos “menos importantes”, por mais que saiba gerir cá por fora, transtorna-se continuamente com a sua imagem de si próprio. Por isso, frequentemente projecta nos outros as suas emoções, as vezes até irritando-se com aqueles que se parecem consigo.

Mais ainda, essas convicções que nos causam transtorno, muitas vezes, impedem-nos de realizar determinadas projectos de vida e até que julguemos a vida e os outros de forma dura.

Por exemplo, se eu julgo duramente quem come com as mãos, como me adapto ao visitar grandes amigos na etiópia que comem do mesmo prato em gesto de comunhão? E se digo que acredito nos princípios de comunhão e partilha, afinal tem “limites” a minha definição dos dois termos?

Como indivíduos, somos cada um, único. Mas estamos todos ligados como criaturas do universo. A separação é o que causa o transtorno, pois é baseada no julgamento de superioridade ou inferioridade, importância, hierarquia de necessidades e direitos, etc.

O grandíssimo escritor Chinua Achebe disse: “[…] Aquele que segurar o outro na lama deve ele próprio permanecer na lama para mantê-lo em baixo”.

Quando mais resistimos nós próprios a conscienlizarmo-nos, a reconhecer e aceitar que algumas coisas que fazemos são resultado de convicções ou crenças negativas e separatistas, mais tempo ficamos presos aos desconfortos mentais e emocionais que tem efeito no nível espiritual, emocional, mental e físico.

Para e pensa em ti próprio: que convicções e regras tem mantem na lama? Quais te são uteis e quais te causam transtornos emocionais, mentais ou físicos? Algumas serviram um dia, mas podem não ser mais uteis. Muda a tua consciência. Eu fiz isso, e sinto-me mesmo, mesmo leve e livre.

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Tina Mucavele

Tina Mucavele

Sou a Tina Mucavele, mãe, activista pelo amor e pela união dos seres. Sou também Assistente Social, contínua estudante do desenvolvimento pessoal e espiritual, da vida e do universo. Interesso-me pela espiritualidade, pela escrita de contos, poesia e de artigos de auto-conhecimento e crescimento. Sou grata por poder contribuir neste espaço!

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