Ouço muito esta frase como forma de consolo ou de esperança para quem está empreendendo uma tarefa árdua, ou está à espera de algo que só a probabilidade matemática pode sustentar e, por vezes, na sua maior parte representa sopro divino do benfeitor.
Nestes casos é pouco provável, para não dizer impossível, que um conjunto de astros assentes no espaço possam fazer alguma coisa para um ser humano específico, olhando para a infinidade de estrelas e planetas voando pelo universo.
Só existe humanidade neste planeta azul e mesmo assim o universo teria que identificar um ser humano específico num mar de 7,6 bilhões de seres humanos.
Não pretendo sepultar nenhuma esperança em relação ao poder do universo, mas a conversar com os meus botões dei asas à minha imaginação: e se os humanos fossem do tamanho de um grão de areia (0,064mm – 2mm) e neste grão estivesse contido todos anseios do indivíduo ao longo da sua vida?
Esta mesma areia serve de base para um campo de futebol de bairro e os miúdos que nele jogam poderiam ser o nosso sistema solar e o nosso bairro a via láctea e o resto do globo terrestre o universo observável pela humanidade.
É extremamente difícil crer no poder do universo se percebermos que ele é um conjunto de tudo o que existe fisicamente, a soma do espaço e do tempo e as mais variadas formas de matéria.
Se partirmos do pressuposto que nós os humanos somos seres especiais, algo que a natureza não demonstra (estima-se que mais ou menos 80% de todas as espécies de animais do planeta sejam insectos), acreditar no poder divino do universo é criar uma excepção à regra.
É como pensar que o poder magnético de um bloco de cimento comprado na barraca de alguem possui poderes mágicos. Os mesmos poderes que, invocados, podem trazer o ser amado a quem tanto deseja e espera ansiosamente pelo poder do universo…
Quem te faz especial és tu mesm@!
Guiz
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