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Numa conversa, alguém me disse: “eu ja tenho uma carreira profissional, filhos, namorado agora o que eu quero é ser feliz. E perguntei: “E o que precisas para ser feliz?”
Ao que fui respondida com outra pergunta: “Tu és feliz?”
E depois de alguns segundos de introspecção respondi da parte mais profunda do meu ser que SIM. E logo a seguir o meu cérebro trouxe a memória todas as coisas que eu queria, todas as coisas que eu não tinha. E de mim para mim pensei: que todas essas coisas já me encontrem feliz, que as coisas cheguem e encontrem uma morada feliz.
A felicidade não é sobre as coisas que temos, ou as circunstâncias em que estamos é sobre quem nós somos com as coisas que temos e nas circunstâncias em que estamos, felicidade é um estado da mente que depende muito do tipo de pensamentos que lá pairam, não é sobre perfeição é sobre aceitação.
A felicidade não é sobre as conquistas mas sobre o que vamos aprendendo, o que vamos vivendo, sobre as metamorfoses que vão ocorrendo no percurso das conquistas.
Existe um fenomeno chamado adaptação hedónica que ocorre no nosso cérebro, que funciona como uma droga: queremos uma coisa, achamos que quando a conseguirmos ai sim seremos felizes, queremos que uma circunstância mude e achamos que aí definitivamente encontraremos a felicidade. Só que, ela é de pouca dura e vamos atrás da próxima coisa que nos trará a tão almejada felicidade. Por isso, um escritor (do qual o nome não me recordo) escreveu: “a felicidade é um estado distante que se alcança por aproximações“.
Se entregar a minha felicidade às coisas, pessoas e circunstâncias ela parecerá sempre lá a frente num futuro quase ao meu alcance, no entanto sempre perderei o agora, o momento presente.
As coisas e as pessoas vêm e vão, as circunstâncias e pessoas mudam, as emoções são passageiras. Felicidade não significa que tenho tudo o que desejo ou que tudo é perfeito ou que não haja dor nem aborrecimentos. Mas no meio de tudo isso sei que, conforme a mãe natureza ensina, na terra há movimentos de rotação e translação onde ocorrem as estações do ano e nessas estações a lua passa por várias fases, não está constantemente cheia.
E a minha vida é exactamente assim, com os seus ciclos, os seus movimentos, as suas fases. Uns dias o copo está cheio e outros meio vazio, mas nessas voltas todas o importante é que olho para o espelho e amo o que vejo, embora ainda não tenha os tão desejados abdominais bem definidos.
Não entrego minha felicidade à coisas, pessoas e circunstâncias para não cair na armadilha da adaptação hedónica, ou estarei em busca constante de algo que está sempre presente dentro de nós, tal como uma mula que segue caminhando perseguindo a cenoura que afinal está pendurada mesmo em cima da sua cabeça. Não entregue sua felicidade às coisas, pessoas e circunstâncias pois ela depende somente de si.
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