Cada um de nós, humanos, temos a nossa maneira de pensar, agir, criar métodos, realizar tarefas, focar em objectivos, satisfazer necessidades, sonhar, inspirar, motivar e automotivar-se.
Muito se fala em “desmotivação”, quando na realidade, esta não está correta: aquilo a que se refere é à falta de motivação para se fazer ou acreditar em algo, planear ou agir em consonância com o que se pretende. O termo “desmotivar” implica uma acção mal-intencionada e contrária ao “motivar”, não sendo relevante neste artigo.
A motivação, tal como o pensamento, influencia o nosso comportamento. A nossa motivação funciona como um gatilho que nos impulsiona para a acção. O que nós, muitas vezes não temos noção ou não sabemos, é como accionar esse gatilho, muitas vezes nem sabemos onde ele se encontra. Por outras palavras: o desafio é accionar a nossa própria motivação para agirmos consoante os nossos interesses, necessidades, realização de tarefas, concretizar sonhos ou desejos, etc.
O mistério daquilo que nos “move” para agirmos em determinadas situações mais complexas, é motivo de estudo por parte de especialistas das áreas de ciências humanas, nos tempos actuais que não sabem ao certo o que nos “move” ou “motiva” em vários contextos da vida social, pessoal e profissional.
Os motivos são necessidades sentidas no plano consciente ou inconsciente, algumas destas necessidades são primárias tais como respirar, alimentar ou dormir. Outras são secundárias tais como auto-estima, afecto ou reconhecimento. Estas necessidades são variáveis ao longo da vida do ser humano, podendo ser hierarquizadas de forma e prioridades diferentes, consoante a idade e maturidade em que se encontra.
Existem dois tipos de motivação:
Extrínseca – quando é inspirada em motivos externos como o reconhecimento ou reforço por parte dos outros, por exemplo.
Intrínseca – quando depende de estímulos internos, como o foco num objectivo, por exemplo.
Seja qual for o centro ou propósito da motivação, o objectivo é, sempre, reforçar ou ampliar a motivação interior ou intrínseca, o mais cobiçado pelos seres humanos, é sempre dependermos da nossa motivação interior ou auto-motivação e não dependermos do estímulo externo.
Como formadora e interessada em Inteligência Emocional, PNL e Coaching, desenvolvi e continuo a apreender ferramentas e métodos para criar e aumentar este estímulo que é a auto-motivação, de forma a melhorar as minhas performances diárias e a motivar os outros. Sem motivação não agimos, não realizamos, não concretizamos e não somos bem-sucedidos!
O plano que recomendo, de forma a potenciar a auto-motivação, a alguns dos meus clientes, é trabalharem as próprias motivações, já existentes, listando por ordem prioritária o que gostam de fazer, desde:
– Abraçar Paixões ou hobbies: dançar, fazer desporto, cozinhar, escrever, etc;
– Agendar multitarefas, criando um ou mais calendários semanais com as tarefas obrigatórias ou laborais e os hobbies ou paixões;
– Melhorar o foco nos objectivos ou tarefas, não desviando do próprio plano ou calendário;
– Trabalhar a sua autoconfiança através do sucesso de cada tarefa;
– Treinar pensamentos positivos, exortando ou neutralizando os negativos, isto consegue-se se focarem em sucessos passados, visualizem aquilo que já alcançaram, por exemplo;
– Conviver com pessoas empreendedoras, motivadoras ou inspiradoras, saírem do nicho ou grupo de pessoas que por norma não são bem-intencionadas ou influenciam negativamente.
Acrescento alguns indicadores para motivar os outros ou ambiente familiar / profissional, quando se tem influência sobre o(s) mesmo(s):
– Criar ou melhorar o ambiente tornando-o favorável;
– As pessoas necessitam de ser desafiadas, podem ser delegadas tarefas ou colocadas sugestões e metas para estimular a motivação;
– Dar feedback construtivo a quem é acompanhado ou orientado para atingir metas, por exemplo;
– Conversar mais, mostrando interesse pela vida dos outros;
– Mostrar flexibilidade e empatia na tomada de decisão e na compreensão em relação aos outros.
Por último, é uma grande ajuda para quem já fez grande parte deste trabalho, mas ainda assim não se sente motivado o suficiente: sair da zona de conforto, arriscar e fazer algo, completamente, novo.
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