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“Eu é que estou cert@” – o fariseu da modernidade!

By Tina Mucavele • 15 Dezembro, 2015 • Auto-Conhecimento, Tina Mucavele
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Por: Tina Mucavele

“Um dos maiores reveses da vida para se ser solitário é viver com a crença errônea de que o seu caminho é a melhor maneira de fazer as coisas e insistir para que outros concordem consigo” – Lynne Namka

Para quem é, foi ou está familiarizado com a religião cristã, já terá ouvido falar dos fariseus.

Os fariseus foram um dos grupos Judaicos de grande relevo para a estrutura social, política e religiosa na época de Jesus. Eles consideravam-se os donos da consciência do povo, guardiões da verdade e obedientes aos mandamentos dos profetas do velho testamento.

Eles falavam e agiam seguros de si, pois tal segurança era, na sua opinião, resultado da minuciosa observância das leis. Vangloriavam-se por serem os mais justos e rezavam para que a justiça fosse feita contra todas as pessoas que, no seu entendimento, eram pecadoras.

Hoje, nas nossas sociedades temos muitas pessoas (senão maioria das pessoas) que se comporta como moralmente superior aos outros. Daí, o conceito de farisaísmo, (há vários textos em inglês com o termo “Self-Righteousness“).

O dicionário de língua portuguesa denomina o fariseu de FALSO. É que esta pessoa constrói uma identidade externa que lhe prende à necessidade constante de estar sempre certa.

O fariseu teme a condenação dos outros e por isso coloca-se sempre em posição de defesa dos seus ideias e das suas crenças, atacando veementemente as crenças e comportamentos dos outros. Ele sente-se constantemente ameaçado e furioso quando as suas acções são questionadas.

A pessoa que se comporta como fariseu tende, ironicamente, a tornar-se co-dependente também (já muito se falou neste blog sobre a co-dependência).

Porquê? Porque esta pessoa precisa de controlar os outros ao seu redor, dirigindo os seus valores e comportamentos com base no seu padrão de moral. Para conseguir isso, ela age a princípio com doçura, cativando os demais com a sua falsa ingenuidade de pensamento e de crenças “puras”.

Logo que conquistados, os outros passam a ser obrigados a agir de forma a não desconfortar o fariseu , sentindo-se “culpados” dos comportamentos que o “fariseu” considera condenáveis, ou contra si.

Este comportamento é, de certa forma, gerado pelo pensamento omnipotente que se caracteriza pelo reconhecimento das capacidades e pela negação das incapacidades, geralmente repetindo um padrão infantil em que a pessoa pensa que está acima das desgraças da vida[2].

Portanto, por um lado a pessoa age como inocente, e por outro como um vilão manipulador, o Juiz supremo da família, do escritório, e de outros meios sociais.

Na verdade, há neste comportamento um histórico de falta de controlo e de limites. Esta pessoa não tem limites sobre onde ele/ela termina e onde os outros começam e leva tudo para o lado pessoal. A expressão de outrem, em forma de opinião ou de comportamento, que fira a sua percepção sobre o mesmo tema, é causa de desconforto.

Dom Miguel Ruiz[3] chama a isso de importância pessoal, que é a expressão máxima do egoísmo porque cometemos a presunção de achar que tudo é sobre nós.

Como consequência a pessoa vive uma vida dupla, uma fachada frontal que exibe segurança, inocência e senso de justiça, e por dentro, o medo e ansiedade de que as suas inseguranças, erros e desonestidade poderão estar à vista de todos.

O fariseu torna-se então escuso, por estar inseguro sobre se a sua realidade interna está a vista dos outros. Dai que, ou vive solitário para que ninguém o veja, ou vive entre os outros como a pessoa mais paternalista de entre todos.

A principal consequência do farisaísmo é que a pessoa não se abre para aprender novas formas de estar ou de viver. Ela tem medo do que a nova informação ou nova prática pode trazer para a sua segurança interior.

Em situações em que é obrigada a aprender coisas novas, ela torna-se ansiosa, e as vezes passiva-agressiva, fechando-se interiormente para não ter que desconstruir a sua percepção sobre o “certo e o errado”.

A má noticia é que todos nós temos elementos do farisaísmo, em alguma esfera das nossas vidas: desde a profissional até a familiar.

Eu pessoalmente, por ter desenvolvido desde muito pequena padrões de co-dependência, cresci acreditando que já era insubstituível em vários momentos, e julguei os outros que a meu ver eram preguiçosos ou desinteressados pelas tarefas alocadas por pessoas em posição de autoridade.

Este comportamento relegou-me ao julgamento severo dos meus colegas e até à solidão. Por isso acredito que todos nós temos histórias similares, do nosso comportamento ou do comportamento de um pai, uma mãe, irmão ou irmão, amiga/o ou colega que julga os outros como inferiores a si moralmente, espiritualmente ou emocionalmente. E se zanga ou fica facilmente na defensiva quando é criticado, ou o seu comportamento, ou opinião é colocada em causa.

A boa noticia é que, como tudo que se aprende, também se desaprende.

Se o comportamento traz sofrimento, então não nos é útil. E, o processo de transmutação deste comportamento para um estado mais saudável, não é diferente de nenhuma outra prática que já terás aprendido até agora.

O mais importante em todos os processos de mudança é estar-se mais consciente do nosso ser divino. É necessário reconhecer que nalgum área da nossa vida somos assim.

Usando as técnicas de meditação, da oração contemplativa, da leitura, da escuta dentre outras, entramos em contacto com os nossos sentimentos, desenvolvemos a nossa sua intuição e aprendemos a lidar com a ansiedade e com o medo.

Quanto mais nos aceitamos de forma total e completa, perdoamo-nos por julgar ou acreditar em opiniões erróneas sobre nós e sobre os outros e mais leve se torna a vida.

No fundo, o fariseu quer ser aceite e apreciado/a por completo. Mas isso parte de si próprio/a, ao acreditar que é um ser divino, completo e perfeito e que todas as outras pessoas são também seres divinos como ele/ela!

Vai, devagar, desenvolvendo compaixão por ti e pelos outros, perdoando e aceitando, perdoando e aceitando.

[1] Namka, Lynne: The “I need to be right”way of thinking. www.angriesout.com

[2] Simonetti, Alfredo: Manual de Psicologia Hospitalar

[3] Dom Miguel Ruiz: Os Quatro Compromissos.

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És Espiritual, tens de estar sempre bem
Mitos sobre a Espiritualidade

About the Author

Tina Mucavele

Tina Mucavele

Sou a Tina Mucavele, mãe, activista pelo amor e pela união dos seres. Sou também Assistente Social, contínua estudante do desenvolvimento pessoal e espiritual, da vida e do universo. Interesso-me pela espiritualidade, pela escrita de contos, poesia e de artigos de auto-conhecimento e crescimento. Sou grata por poder contribuir neste espaço!

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Tina Mucavele
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Tina Mucavele

Sou grata Cloves pela leitura e pelo comentário. Há em todos nós o fariseu!

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5 anos atrás
Cloves
Visitante
Cloves

Profundo! Gostei da abordagem simples e acessivel para um tema profundo e sempre presente nas nossas vidas.

Identifiquei-me com o Fariseu…sou assim em diversos aspectos da minha vida.

Obrigadao, Tina, pela partilha e por mostrares me coisas sobre as quais preciso trabalhar em mim.

Te Amo! Sou Grato!

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5 anos atrás

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